29.5.03

INE estima descida de 26% no número de jovens em Portugal até 2050: O número de jovens em Portugal vai baixar até 2050, segundo as projecções do Instituto Nacional de Estatística, com a previsão base a apontar para uma descida da população jovem para de 1,641 para 1,219 milhões.
Dado ser o dia da criança no próximo Domingo, o INE realizou o estudo «Projecções de População Residente em Portugal», cuja principal conclusão reside no facto de o número de jovens - com idade inferior a 15 anos - vai baixar até 2050.
Em 2000 existiam em Portugal 1,641 milhões de jovens e segundo as projecções do INE, tendo em conta cenário mais real, este número deverá baixar para 1,219 milhões de em 2050, o que representa uma queda de 26%.
Trabalhando num cenário de rejuvenescimento da população portuguesa, o número de jovens em Portugal deverá baixar para 1,559 milhões em 2050, mas no cenário de envelhecimento da população o numero de jovens cai para mais de metade: 688 mil

21.5.03

Portugueses viajaram menos em 2002: Os portugueses viajaram menos em 2002 do que em 2001 mas continuaram a preferir o mês de Agosto e o Algarve para passarem as férias, revela hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O número de viagens em 2002 decresceu 5,7% em relação a 2001 e o número de dormidas desceu 0,3%.
De um total de 11,9 milhões de viagens realizadas, 53,1% foram realizadas por motivos de lazer, recreio e férias. Dessas, 17,2% foram efectuadas em Agosto e o destino preferencial foi o Algarve que registou 31,1% de dormidas.
Portugal continua a ser o principal destino para 90,1% das viagens realizadas, embora as viagens para o estrangeiro (9,9%) tenham registado um acréscimo de 1,4% em relação a 2001.

14.5.03

Produtividade dos serviços portugueses na cauda da UE: Portugal tinha, em 2000, a mais fraca produtividade comunitária no sector dos serviços transaccionáveis, revelou ontem um estudo do Departamento de Estatísticas das Comunidades Europeias (Eurostat). Uma hora trabalhada, no sector dos serviços, criava, em média, 11 euros de riqueza - menos 13 euros do que a média (24 euros) dos 14 parceiros (o estudo exclui a Grécia) sobre os quais o estudo versa.
O Eurostat calcula a produtividade do trabalho dividindo o Valor Acrescentado Bruto (VAB) a custo dos factores, isto é, excluindo impostos indirectos, como o IVA, e subsídios, pelo total de horas trabalhadas. O sub-sector da hotelaria e restauração nacionais são os mais baixos de toda a Europa, com apenas cinco euros de valor acrescentado por hora trabalhada. Com um mau desempenho à escala nacional e comunitária estão, também, o comércio a retalho (seis euros) e comércio automóvel (10 euros). Portugal "brilha" apenas no sub-sector dos Correios e Telecomunicações, ao apresentar a segunda maior produtividade da União Europeia (UE) - ex-aequo com a Suécia, com 48 euros por hora trabalhada, contra uma média europeia de 41 euros (o Luxemburgo ocupa o primeiro lugar com 133 euros por hora trabalhada). [...]
A fraca produtividade nacional acaba por se reflectir nas remunerações pagas aos trabalhadores. Um outro estudo da autoria do Eurostat, que reporta, igualmente a 2000, revela que os salários e contribuições por hora trabalhada suportados pelas empresas de serviços na UE cifrava-se em média em 22,85 euros, mais do dobro da média nacional (10,44 euros). Em Portugal, os custos mais baixos da mão-de-obra foram registados no sector da hotelaria e restauração (5,72 euros por hora contra a média comunitária de 14,81 euros), no comércio a retalho (8,10 euros por hora contra 19,11 euros da média da UE) e no sector dos transportes e telecomunicações (cujo custo é de 11,30 euros contra 21,30 euros na UE).
O estudo ontem divulgado analisa, também, os custos do trabalho, mas nas indústrias transformadoras. Sem surpresas, Portugal é o país que apresenta os mais baixos custos de trabalho (salários, e contribuições sociais pagas pelos empregadores) em todos os subsectores das indústrias transformadoras. A média comunitária é de 35 mil euros anuais, mas Portugal fica-se pelos 12.000 euros (cerca de 32,4 por cento). O sub-sector dos têxteis e vestuário nacional, tem o mais baixo custo de mão-de-obra de toda a UE, fixando-se nos oito mil euros.

12.5.03

500 mil portugueses sofrem da síndrome de fadiga crónica: Fibromialgia. Nem os próprios médicos sabem muito bem o que é. Mas em Portugal calcula-se que 500 mil pessoas sofram desta patologia caracterizada principalmente por dores no corpo e muita fadiga, sendo as mulheres entre os 30 e os 50 anos as maiores vítimas _ 80 a 90 % do total de pacientes.

5.5.03

Dívidas fiscais por cobrar cresceram mil milhões em 2002: No final do ano passado, o fisco tinha apurado uma factura superior a 13 mil milhões de euros em impostos por pagar.
Apesar do perdão fiscal, que no ano passado fez afluir aos cofres do Estado mais de mil milhões de euros, o saldo das execuções fiscais continuou a aumentar, tendo passado de 12,67 mil milhões em 2001 para os 13,86 mil milhões em 2002, representando cerca de 10% do PIB.
Os números, que constam do relatório de actividades da Direcção Geral de Impostos (DGCI) de 2002, revelam que a administração fiscal está a falhar naquele que é o principal objectivo da justiça fiscal, a recuperação das receitas tributárias.
Metade dos portugueses desinteressada da aprendizagem: Portugal e Espanha são os países da União Europeia onde é mais elevada a percentagem de pessoas que afirmam não estar interessadas na aprendizagem, com 50 e 47% respectivamente, segundo foi divulgado em Bruxelas.
De acordo com o último inquérito do Eurobarómetro sobre a aprendizagem ao longo da vida (entre 15 de Janeiro e 28 de Fevereiro deste ano, na UE, Noruega e Islândia), em média mais de um terço dos cidadãos europeus não participa actualmente em qualquer forma de ensino ou formação.
Um em cada dezena de cidadãos europeus revelou não ter vontade de aprender, sendo a falta de tempo e os problemas financeiros maioritariamente apresentados como obstáculos à aprendizagem ao longo da vida.
Endividamento das famílias ensombra férias dos portugueses: De acordo com dados recentes do Banco de Portugal (BP), no final de 2002 a taxa de endividamento dos portugueses em percentagem do rendimento disponível atingiu os 103 por cento, ultrapassando, pela primeira vez, os 100 por cento, quando em 1995 a taxa era de 38 pontos percentuais.
Quase Um Milhão de Portugueses Viajaram para o Estrangeiro em 2002: Quase um milhão de portugueses (972 mil) viajaram para o estrangeiro no ano passado, segundo dados da Direcção Geral de Turismo. A Espanha, com 465 mil visitas, mereceu destacadamente as preferências dos portugueses. Os destinos mais procurados além fronteiras foram os seguintes:
Alemanha 12.000
Espanha 465.000
França 115.000
Inglaterra 26.000
Itália 24.000
Grécia 15.000
Suíça 20.000
Benelux* 27.000
Resto da Europa 39.000
África 81.000
Brasil 71.000
EUA 27.000
Outros destinos
Americanos 134.000
Asiáticos 12.000
Portuguesas são mães cada vez mais tarde: Hoje as que decidem ser mães pela primeira vez entre os 30 e os 34 anos são já quase tantas quanto as que têm o primeiro filho entre os 25 e os 29 anos. O grupo das jovens mães (dos 20 aos 24 anos), que ainda há pouco mais de uma década representava 28 por cento do total, no último censo demográfico (2001) correspondia já a menos de um quinto do universo global. Simultaneamente, a maternidade tardia (entre os 35 e os 39 anos) está a conquistar cada vez mais adeptas.
São diversos os motivos que levam as mulheres a adiar a maternidade, mas há um que tem um peso inquestionável nesta decisão: a maior parte das portuguesas trabalha a tempo inteiro (71 por cento das mulheres com filhos estavam empregadas, em 2001, contra apenas 51,1 por cento, uma década antes) e é difícil conciliar o nascimento de uma criança com o início de carreira; a taxa de actividade feminina em Portugal é mesmo uma das mais altas da União Europeia.
Os resultados do último Inquérito à Fecundidade e à Família - realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em 1997 - evidenciavam claramente este fenómeno de retardamento do nascimento do primeiro filho, tal como o da diminuição gradual do número médio de filhos. [...]
depois de mais de duas décadas de declínio acelerado, o número de nascimentos registou um acréscimo durante cinco anos seguidos, entre 1996 e 2000, altura em que atingiu um "pico" (120 071); e, se em 2001 voltou a cair de chofre (menos cerca de sete mil nados-vivos), no ano passado registou de novo um ligeiro acréscimo.
A maior parte das mães dos dias de hoje vive no Norte, assumindo-se esta região como o principal "berço" do país (36,9 por cento do total de nascimentos em 2001), ainda que as taxas de natalidade mais elevadas se verifiquem nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Por contraste, no desertificado Alentejo, vêem-se cada vez menos mulheres grávidas.
Como seria de esperar num país maioritariamente católico, o grosso dos nascimentos continua a acontecer dentro do casamento (mais de dois terços do total, em 2001), apesar de o número de crianças nascidas à margem da instituição matrimonial estar a crescer paulatinamente, sobretudo nas regiões do Algarve e de Lisboa e Vale do Tejo. No Norte e nos Açores, ainda são poucas as mulheres que ousam ter filhos fora da instituição matrimonial.
Mas há uma tendência que prevalece em todo o território nacional: por todo o lado, as famílias numerosas são cada vez mais raras. Os casais com apenas um filho são hoje claramente predominantes, seguidos das famílias com dois descendentes.
A Natalidade em Portugal em 2001: Nasceram em Portugal, em 2001, 112.825 crianças, menos 7246 que no ano anterior.
A taxa de natalidade (número de nados vivos por mil habitantes) foi de 10,9 por cento, menos 7,6 por cento que no ano anterior.
A maioria dos nascimentos ocorre no interior do casamento (76,2 por cento), mas os nascimentos fora do casamento têm aumentado substancialmente: eram já 23,8 por cento do total em 2001.
A maior incidência dos nascimentos fora do casamento foi registada na Algarve (41,6 por cento) e Lisboa e Vale do Tejo (34,1 por cento). O Norte e os Açores situam-se, respectivamente, em 14, 4 e 14,1 por cento.
A percentagem de mães empregadas situava-se nos 71 por cento. Em 1991, essa percentagem era de 51,1.
Fonte Instituto Nacional de Estatística.

2.5.03

Hospitais têm quatro camas para cada mil portugueses: Para cada 1.000 portugueses há quatro camas nos hospitais nacionais, a segunda menor capacidade da Europa, revela uma auditoria financeira do Tribunal de Contas ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 2000.
O relatório do tribunal, a que a Agência Lusa teve acesso, ressalva que a capacidade hospitalar diminuiu nas duas últimas décadas em toda a Europa e que a média da União Europeia caiu de 10,3 camas/por mil habitantes, em 1980, para 6,6, em 2000.
Em camas disponíveis, Portugal só é ultrapassado pela Suécia, que tem apenas 3,6 camas para mil habitantes, uma quebra acentuada relativamente a 1980 (15,1).
Em Portugal o decréscimo é menor, existindo no início da década de oitenta 5,2 camas para 1.000 habitantes, mais 1,2 camas do que em 2000.
Embora ressalvando que cada país recolhe e trata a informação de acordo com os indicadores que definiu, "o que limita as comparações" entre países, o Tribunal de Contas dá a conhecer que Portugal tem uma das menores taxas de permanência no hospital e, mais uma vez, abaixo da média comunitária.
Enquanto a média da União Europeia é de 11,1 dias, os portugueses permanecem cerca de nove dias no hospital.
A quebra destes valores médios nos últimos anos é também mais acentuada em Portugal do que na União Europeia: no início da década de oitenta os portugueses permaneciam 14,4 dias no hospital e os europeus 18,4 dias.
Entre os factores que justificam esta tendência o Tribunal de Contas destaca a evolução das ciências médicas, que acelera os ritmos de tratamento e de reabilitação das patologias, aumentando o número de casos resolvidos em regime de ambulatório (sem internamento).
No entanto, a taxa de ocupação das camas dos hospitais aumentou em Portugal nos últimos 20 anos: em média, 62,6% das camas estavam ocupadas em 1980, enquanto em 2000 a ocupação subiu para 74,0%.
A taxa média de ocupação de camas na Europa é maior do que em Portugal e aumentou de 79,3% (1980) para 80,3.
Em regime ambulatório, a frequência de contactos da população portuguesa com os médicos era baixa (3,4 vezes por habitante em 2000), quando comparada com outros países, e abaixo da média europeia (5,3).
Oitenta condutores por dia apanhados com excesso de álcool: A média é impressionante: no ano passado, as autoridades policiais detectaram nas estradas portuguesas cerca de 80 condutores com excesso de álcool, por dia. Apesar de todas as campanhas de prevenção levadas a cabo nos últimos anos, foram quase 30 mil os automobilistas apanhados pela PSP e pela GNR com taxas de alcoolemia superiores a 0,5 gramas de álcool por litro de sangue, durante 2002. Um aumento da ordem do 6,2 por cento relativamente ao ano anterior, a crer no último relatório de segurança interna, e que nem sequer pode ser atribuído a uma intensificação da fiscalização, uma vez que as forças policiais realizaram menos 81 mil testes do "balão" do que em 2001.
Mas o mais preocupante é que a maior parte dos infractores (12 815, cerca de 44 por cento do total) apresentava uma taxa igual ou superior a 1,2 gramas/litro, máximo a partir do qual a condução sob o efeito do álcool é considerado crime em Portugal. O fenómeno nem sequer é novo e parece difícil de combater: o total de condutores detectados pelas forças policiais com taxas de alcoolemia iguais ou superiores a 1,2 cresceu de uma forma assustadora nos últimos anos, tendo mais do que triplicado entre 1994 e 2000. [...]
O risco de acidentes associados à ingestão de álcool aumenta exponencialmente à medida que a taxa de alcoolemia vai subindo. O risco agravado de acidente é cerca de duas vezes superior a partir de 0,5 gramas/litro e cinco vezes superior, a partir de 0,8. A partir de 1,2 gramas/litro, deve ser multiplicado por 20.
Taxa de alcoolemia: número
Entre 0,5 e 0,79 gr/l: 7 772
Entre 0,8 e 1,19 gr/l: 8 618
Mais de 1,2 g/l: 12 815
Fonte: Relatório de Segurança Interna